quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

RAF

Vem aí...



E para quem quiser saber mais sobre essa história, um bom livro em português. Editado pela velha e boa Editora Conrad, com a sua conhecida e esperada Coleção Baderna.
O título?
Lá vai...

"Televisionários - Tom Vague"

Qualquer 10 contos de réis consegue retirar esse livro de um sebo!
Leiam... porque o filme mesmo, talvez esteja nas telonas só em Junho ou Julho, ou antes, dependendo do "mercado paralelo".

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

UM MOTOR POR UMA VIDA

Pois bem...

É hora de voltar! É hora de ressurgir com a URGENCIA DAS RUAS! Não existe mais trégua.
A guerra existe não só nesse sentido. Mas em tantos outros. Dia 14 de Janeiro de 2009. Morre mais um soldado que estava na linha de frente na batalha.
De quem estamos falando? De qualquer um que morreu lutando por acreditar que as coisas fossem mudar um dia. Alguém morreu no dia 14 em cada canto desse mundo. Mas aqui, expresso a revolta por saber que uma amiga derramou seu sangue no asfalto de São Paulo, e não de uma forma pior do que os demais derramamentos de sangue por toda a capital, desta vez, um dos principais cartões postais de São Paulo, a Av. Paulista, foi manchada de sangue de uma ciclista, que nada mais fazia no momento de seu assassinato, do que exercer o seu direito de se locomover com o meio de transporte escolhido: A bicicleta!

Pois bem... lamentações especificas à parte, a perda realmente deixa lacunas anualmente. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), as mortes na cidade de São Paulo reduziram de 83 em 2007, para 55 em 2008.
De fato, o Motorista do coletivo que manusiava o mosntro pela avenida, diz lamentar, mas que não houve culpa. MENTIRA!

Não há mais o que esperar desses doentes no transito. Uma coisa que eu sempre deixo claro para quem resolve subir em uma bicicleta e enfrentar diariamente a “Guerra do Asphalto”, é que ela é assassina! É uma luta desleal! Não se compara o valor de uma vida, com o valor de um patrimônio!
Em um acidente de transito, onde estão envolvidos bicicletas, o risco é de vida para o ciclista e o risco é patrimonial para o condutor do veículo. Não tem como comparar!

Alguns já tentaram parar seus dias e me explicar a relação de PAZ no transito, e de que teríamos que manter o diálogo com os motoristas... Porém, o meu contra argumento é preciso e cético ao analisar a situação de forma clara. Eu sei o que é pedalar em São Paulo. Não falo aqui, sentado e observando tudo de fora! Falo, pois há pouco menos de umas duas horas, eu estava com a minha bicicleta exatamente na mesma avenida onde no dia 14 morreu uma amiga, uma ciclista e um soldado! E eu sei exatamente o que significa para mim chegar em casa, tirar a camisa, me olhar no espelho, encarar meus próprios olhos e dizer: “É... mais um dia! Você ainda esta vivo!”.

O que há com a realidade no transito? Que diálogo estamos tentando encontrar? Fazer com que um motorista entenda que ele DEVE (POR OBRIGAÇÂO DE UMA LEI QUE PODE PUNI-LO!) manter 1,5 metro de distancia de qualquer bicicleta? Tudo bem... acredito até que isso possa acontecer, mas o dia que esse motorista estiver 10 minutos atrasado para chegar no seu trabalho que lhe paga mensalmente 4 mil reais, ela não vai pensar duas vezes em enfiar o pé até o final no acelerador de seu carro, e tão logo, poderá estar enfiando esse mesmo carro, na frente de um ciclista!
Não existe diálogo. Toda grande mudança aconteceu por vias de fato. O violento só conhece a violência como forma de entendimento.

Qual o objetivo? O objetivo é o de a partir de hoje, o mesmo número de mortes, ser o mesmo número de carros queimados em São Paulo... Começa hoje, dia 14 de Janeiro. Vamos começar vingando as mortes de 2008. 55 ao todo!

O Movimento se chamará “UM MOTOR POR UMA VIDA!” e isso desencadeará um questionamento sério, para que todos os programas de políticas públicas nacionais passem a enxergar o ciclista como um veículo de transporte, e não simplesmente como item de lazer dentro de uma sociedade, principalmente em uma cidade tão problemática em relação ao trânsito, como São Paulo é!

Isso não é uma ação focada na morte dessa ou de outra pessoa! Essa forma de deixar claro que de boa relação com o trânsito nós estamos CANSADOS! Quantos motoristas morreram ao se envolverem com acidentes com ciclistas? Mas quantos ciclistas morreram ao se envolverem com acidentes com carros?

É hora de começar a reverter esse quadro.




Video Homenagem:

Homenagem à Márcia from Lilx on Vimeo.