Com ou sem felicidade estar envolvida, a melhor forma de conhecer as oportunidades e os mínimos detalhes, talvez seja a real e sincera vontade de conhecer.
E foi assim... buscando conhecer que tenho encontrado formas independentes de viver nessa grande cidade.
Eu, um rapaz comum. Há pouco tempo apenas mais um dentre as milhões de almas que acordavam cedo, escovavam-se os dentes, e estaríamos prontos para mais uma jornada cansativa de trabalho.
Isso bem pela manhã, mas ao final do dia, horas ainda a serem cumpridas dentro de 4 paredes de uma universidade qualquer, aprendendo, muitas vezes, coisas pouco interessantes ou simplesmente desprezíveis... (ok.. eu confesso que eu não ligava a mínima para o curso de Marketing dentro de uma carreira que ali eu estava procurando me aperfeiçoar... Comunicação Social... ou então: Jornalismo!).
Chegava então o final de semana, existia mais um milhão de compromissos com o trabalho.
Não sou daqui. Hoje somam-se aos meus anos de vida, um total de 26. Dos quais, apenas 2 (DOIS!), ou melhor... menos do que 2, ao sabor dessa cidade.
Antes... talvez no prólogo disso tudo, eu apenas brincava de viver sozinho em certos períodos lá.. na minha antiga grande cidade, a capital Carioca.
Mas era tudo bem mais fácil. Por mais que eu tenha ensaiado diversas vezes “morar sozinho” ou longe da ajuda familiar padrão, era fácil ir almoçar ou jantar na casa da minha mãe. Era fácil levar as minhas roupas para lá e deixar com que a moça que trabalhava lá em casa, lavar tudo e me entregar alguns poucos dias limpo.. e passado.
Mas como tudo na vida é passageiro e como tudo na vida deve ser visto como apenas mais um estágio evolutivo, eu estava ali,naquela condição apenas de uma forma inconsciente, trilhando meus caminhos rumo ao grande teste.
Um dia temos mesmo que aprender a nos virar sozinhos... e foi assim que pouco a pouco, e de uma forma gradativa vim parar nessa cidade, mas que bem antes, eu participava disso tudo apenas como segundo observador. Nunca precisei, como preciso nesse exato momento, “correr” atrás... E como a necessidade é a maior das escolas, acabei me embriagando com um universo de afazeres que até então desconhecia.
Não tenho dúvidas de que assim como eu, existam outras tantas pessoas. E talvez essas palavras e essas experiências acabem por lhe fazerem um bem, ou ao menos, para terem conhecimento do próprio espaço em que vivem.
Cansei de conversar com “nativos” (pessoas que nasceram e foram criadas aqui...), e percebi muitas vezes que eles mesmos não sabiam de coisas que eu acabei descobrindo de formas muitas vezes inusitadas, e que acabaram por despertar o interesse desses próprios “nativos”.
Andei... procurei... visitei... E pensei: “Hummm se isso é bom para mim, pode ser bom não para São Paulo inteira... mas para algumas pessoas eu sei que será de grande valia”.
Há um bom tempo atrás... talvez uns 4 ou 5 anos, ainda quando eu morava na Capital Carioca, volta e meia eu vinha para São Paulo... E sempre quando eu vinha, e costumava ficar na casa de um grande amigo, Roberto Medeiros, que sem querer talvez, tenha se tornado o grande pivô e articulador disso tudo.
Na verdade, ele foi um grande professor para mim. Aprendi demais com as práticas dele e no estilo de vida que levava por aqui. Sempre observei muito os seus passos. Sempre procurei absorver tudo o que tinha para falar... E desta forma, apenas convivíamos poucos dias, mas o suficiente para fazer com que estivesse acordado para procurar também a trilhar tais caminhos.
O grande lema dele era “Correria”. E depois desse nosso contato, eu passei a apregoar um suposto “Manual da Correria Urbana”, e dentre o meu próprio discurso, o primeiro tópico versava sobre:
01: “Se queres viver de uma forma independente em uma grande cidade, fique atento à primeira regra: Arrume um emprego em um Restaurante!”
E era mais do que lógico. Pode contabilizar: Cerca de 50 à 60% do seu salário ou da sua renda é gasta de forma natural com alimentação.
Tão logo, dentro de um restaurante... fazendo o que for, desde Gerente até Faxineiro, você acabou de livrar seu orçamento desses gastos.
Esse foi apenas um dos milhões de ensinamentos e pensamentos que comecei então a perceber dentro das medidas cabíveis que fariam com que eu, anos após ter tido esses inicio de questionamento, começasse então a seguir de forma mais... digamos... duradoura.
E hoje, são fatos e mais fatos que interligados acabam mostrando alguns pontos em comum: Quando se esta em “correria”... o ponto é viver da forma mais intensa possível seus dias. Fazer com que cada um deles valha a pena e seja fruto de saudade quando no futuro forem lembrados.
E dentro dessas perspectivas... lá vamos nós!
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
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