quinta-feira, 12 de março de 2009

Além do Naked Bike

Existem mundialmente formas e mais formas de se mostrar o uso de bicicletas no meio urbano.
Uns optam por apoiar, outros optam simplesmente por estarem lado a lado dos carros nas cidades.
Por uma análise inicial, até então não vemos muitos problemas... Porém, o que talvez fique escondido em linhas, ou teorias burguesas de “vamos pedalar para mudar o mundo”, é que o custo é muito alto.
Na semana retrasada eu estava conversando com um talvez futuro engenheiro de alguma política pública voltada ao transporte na cidade de São Paulo – certamente um desses burgueses que estudaram o que seus pais ordenaram, e não sabem agora o que fazer agora com o diploma, e acham “bonitinho” ter uma bicicleta limpinha.
Na verdade, a teoria que ele defendia, era exata e justamente uma teoria meio que padrão de grande parte daquilo que enxergamos hoje como “ciclistas” das grandes cidades.
É triste saber que a maioria apenas adota a bicicleta e a luta por trás do uso dela, por talvez não terem sido aceitos nos Partido Comunista de suas cidades natais.
O fato é bem simples nesse linha de raciocínio. Prega-se a “Paz no Transito”, a limpeza do ar, o exercício físico, a liberdade!
Esses são alguns dos argumentos básicos e cá entre nós, argumentos tentadores e certamente convidativos àqueles carinhas que estão desenvolvendo alguma atividade de alta lucratividade e destruição para os demais setores da sociedade e do meio ambiente. De alguma forma, eles devem se redimir perante a sociedade.

“Eu destruo a minha sociedade inteira com as práticas da minha semana, mas às sextas eu tento salvar um pouquinho disso tudo!”

Desta forma, além de estarmos lidando com verdadeiros tapados, acabamos percebendo nitidamente que a proposta é apenas defendida por outros interesses.
A “Bicicletada” é um movimento que é conhecido no mundo inteiro. Mas não é raro (não mesmo!) você encontrar fumantes que acendem seus cigarros no meio da manifestação. (Estamos lutando por o que mesmo? Ar puro? Ahhhh entendi!). Ou então, que saem de suas casas com seus carros luxuosos, aos finais de semana, para se entupir de gordura cadáveres (oooppsss... acho que alguns conhecem isso como carne, talvez) seus estômagos. “

“E sobre o que mesmo que estávamos focado? Praticas saudáveis? Hummm interessante, mas acho que eu prefiro só me envolver um pouquinho nisso tudo. Quero me envolver até onde é festa... até onde é divertido. Me envolver à partir do momento que a luta passa a ser política? Ahhh isso não! Por favor... deixe isso pra lá! Eu quero é ter outros amigos além daqueles chatos do escritório.”

E é assim! É justamente ASSIM que nada e absolutamente nada vai mudar!
O que talvez conhecemos hoje como “Bicicletada”, encarada de uma forma séria ou pelo menos deveríamos encarar de uma forma séria, principalmente quando ela acontece em uma das mais importantes cidades da América Latina, é nada mais do que uma reunião de amigos e centro de exposição de idéias meramente reformistas acerca de bicicleta e trânsito.
Porém.. o buraco é mais embaixo... Existe sim a parte política. Existe sim a resistência. E existem sim os outros argumentos.

Ahhh sim.. lembrei! Aquela minha tal conversa com o carinha que vai receber R$ 12.000,00 por mês trabalhando para a CET (será que ele ainda vai se preocupar em sair de casa com sua bicicleta limpinha?), para estar “planejando” o tráfego nas grandes cidades.
Então... eu estava expondo algo que eu tenho percebido muito ao longo de alguns anos no asfalto.
Sabe... talvez a recente morte de uma ciclista tenho sido crucial para que algumas coisas começassem a mudar em mim.
Enquanto eu vi muitas lágrimas... manifestações... repúdio ao motorista que assassinou mais uma ciclista, eu fiquei refutando algumas idéias acerca do uso de bicicletas em meio ao trânsito.
E sabe onde eu cheguei?
Eu, que hoje tenho lá os meus vinte e poucos anos, passei por algumas fases, inclusive de percepção sobre a minha postura.
Já tive a minha fase pacifica, sabe?

“Bom dia senhor. O senhor sabia que quase me matou na esquina ali atrás?”

A resposta, em grande parte das vezes era:

(...)

Nenhuma... até porque o motorista apertava o botãozinho do seu luxuoso carro importado e fechava o vidro... talvez ele estivesse pensando: “Ihhh lá vem mais um daqueles hippies que quer me falar sobre o que eu fiz de errado”
(coitado dele... talvez ele tenha sido apenas um idiota filho da puta – desculpem o termo - que viveu a vida inteira pisando na cabeça de outros para chegar onde chegou, e realmente, eu entendo que ele deva estar bem cansado de saber que os erros dele já são bem vistos pelos outros...)
E de fato, sabe?
Depois eu comecei a pensar...
“Caramba... o cara quase me matou, e eu fui ser gentil com ele? Espera um pouco... que valor eu estou dando a minha própria vida? Sinceramente se um cara me ameaçar, eu vou lutar para sobreviver àquilo! E porque mesmo eu estou sendo gentil?”
Enfim... infelizmente, talvez a violência só nos atinja quando ela acontece com nós mesmos, ou tão próximo, que é impossível não enxergar!
E assim foi. Tanto que hoje... apesar de já ter incentivado muitas... mas muitas pessoas ao longo da minha curta vida, a pedalar... não seria capaz de convidar o meu pior inimigo a estar do meu lado nas ruas de uma cidade grande, como São Paulo, por exemplo.
Eu sei que esse meu sentimento de “pai” acaba se estendendo aos que eu realmente amo. Mas o meu sentimento pela VIDA não faria com que esse meu inimigo, estive em risco eminente de morte!
E sabe? Fundamentei uma teoria, com base em algumas leituras de alguns sociólogos, dentre eles, um de nome bonito... ele chamava-se Eduardo Não Sei Do Que.
Ele escreveu um artigo e talvez tenha sido esse artigo que tenha me feito refletir a ponto de desenvolver algo que hoje, é o que falo.. é o que divulgo.
Em contra partida, é lógico... os meus argumentos são de confronto àquele carinha que quer trabalhar na CET para viabilizar meu transporte entre os carros:
“Ahhh nós temos que educar o trânsito. Nós temos é que criar uma via de diálogo entre motorista e ciclista e conviver em Paz no Trânsito!”

Sabe... Que se dane essa Paz!
Uma coisa que talvez hoje seja extremamente clara é que não existe PAZ no trânsito... e na verdade, visualizo que isso nunca vá existir, de fato!
É simples o raciocínio: Pegue um saco de plástico (tente reciclar antes ou depois! Afinal.. temos que ser conscientes... não são só em um setor, né?)... não.. não.. pegue um de pano!
Então.. dentro desse saco de PANO, coloque uma lâmpada. Sabe? Uma lâmpada comum.
Coloque-a cuidadosamente no saco. Pegue então, uma pedra, mais ou menos, ou um pouco maior do que a lâmpada e coloque cuidadosamente no saco.
Pronto. Saia da sua casa (ou escritório) e vá dar uma volta na rua... fique com esse saco pendurado no braço durante algumas horas do seu dia.
Pois bem... conclusões:

01 - Quer entender o que é a vida de um ciclista no trânsito?
Vamos lá... sabe a lâmpada que você colocou dentro do saco? Pois bem... o ciclista é a lâmpada. E... já que você deve estar curioso para saber o que aconteceu dentro do saco... vamos lá, abra o saco e.... NOSSA!!! A Lâmpada esta quebrada? Hummm sim, você perdeu uma lâmpada, amigo! Desculpe... esqueci de dizer que você poderia usar uma lâmpada já queimada... enfim.. cada qual com o seu prejuízo, ok? (risos..)
Portanto... TENSO! A vida de quem pedala é TENSA! A todo momento... a todo instante... a cada fração de segundo, você pode, através de um descuido seu ou do motorista... MORRER!

02 – Não se mistura!
Não existe forma amigável de misturar carro e bicicleta! Nós não temos que estar no meio dos carros, da mesma forma que não se mistura pedestre e ciclista! Nós não temos que estar nas calçadas! Da mesma forma que os carros representam risco eminente para os ciclistas. Nós, ciclistas, também somos riscos para os pedestres (eu mesmo já atropelei alguns. Dentre esses casos, um foi para o hospital, e sei lá o que aconteceu com o rapaz que foi vitima da minha falta de prudência. Mas eu juro... eu estava na minha.... Hummm.. onde eu estava? Putz! Acabei de perceber que eu não tenho espaço nas ruas! Enfim.. eu estava errado de qualquer forma, então..).
Carro usa as ruas... Pedestre usa a calçada... Ciclista usa a CICLOVIA!
E nisso eu estou bem fechado ultimamente!

Na semana passada, durante um ato em solidariedade aos direitos das mulheres, eu estava meio atrasado para uma prova... Saí correndo com minha bicicleta. Eu estava consciente do que estava fazendo, mas mesmo assim, uma senhora de certa idade gritou para mim: “Calçada não é lugar de ciclista!”
Eu passei muito distante dela! Muito mesmo.. mas mesmo assim, ela fez questão de expor o seu lado.
Bom.. eu, na minha pressa, acabei simplesmente gritando: “Desculpa senhora! Mas o Kassab ainda não fez a minha ciclovia!”
Mas eu realmente queria ter parado, para talvez gritar com ela, da mesma forma que ela gritou comigo:
“Escuta aqui senhora! Primeiro... porque você esta falando isso para mim? A senhora já parou para pensar então qual é o MEU lugar? Onde eu devo estar? Arriscando a minha vida no asfalto, enquanto a senhora fica na segurança da sua calçada? Eu quero é mais que a senhora se sinta cada vez mais ameaçada com esses ciclistas “malucos” que quase atropelam - e algumas vezes conseguem(!!) - pedestres nas calçadas... porque desta forma, talvez o movimento que vai pressionar o Estado a pensar na minha ciclovia, seja agora um pedido não só meu... mas da senhora também!”
E em outra ocasião, apenas para citar o outro lado... foi quando um motorista de ônibus quase me assassinou.
Isso aconteceu dentro da Cidade Universitária (USP), em São Paulo.
Não houve diálogo e aconteceu que, o motorista me viu de longe, mas mesmo assim jogou o ônibus em cima de mim! Ou seja, claramente tentou me matar. Porém, eu estava em um dia tranquilo.. estava cansado. Queria chegar em casa e dormir. Mas talvez ele não tenha gostado de eu tê-lo chamado de “imbecil”. Eis que o mesmo, mais a frente, me fechou e parou o ônibus, que estava cheio de estudantes.
Todos, de dentro do ônibus, assistindo, começaram a gritar que o motorista era um idiota por ter feito isso. (talvez porque alguns estudantes da USP se solidarizem com a questão do uso da bicicleta no meio urbano). Porém, o motorista, que talvez estivesse nervoso por qualquer outro motivo particular, fez questão de descer do ônibus e querer vir “tirar satisfações” olhando nos meus olhos.
O cara era grande, mas não era dois, de fato.
Eu, sentado na bicicleta pensei: “Bom.. vamos ver o que ele quer conversar comigo!”
Eis que ele se aproximou... começou a gritar comigo... falou que o asfalto não era lugar de bicicletas (e sim.. no fundo o canalha estava certo! Isso pelo menos mostrou que ele pensava um pouco!)... mas ele começou a exagerar um tanto. Começou a se aproximar mais. Até então eu estava ouvindo apenas. Não cheguei a discordar dele, até porque eu mesmo concordava com ele.
Mas ele começou a apontar o dedo quase encostando no meu nariz. E começou a ter um discurso mais inflado.
E conforme ele mesmo crescia na raiva que ele mesmo gerava... mais os estudantes gritavam e mais eu calmamente vestia meu soco inglês, com as mãos nas costas (para ele não ver o que talvez o esperava!)
Eis que do nada, ele fez um movimento jogando uma das mãos para trás... e nesse momento eu pensei: “Opa... acho que ele vai me dar um soco... e talvez esse soco tenha por objetivo o meu rosto. Droga viu!”
Enfim.. de fato aconteceu. Mas como o cara era grande e meio gordo, tão logo... meio lento. E nesse segundo, eu consegui colocar meu rosto para trás, fazendo com que a não dele conseguisse atingir somente meus óculos.
Newton estava certo em suas proposições. “Toda ação... equivale a uma reação!”
E na verdade, amigos... eu não estava nem um pouco disposto a contrariar umas das mais famosas e letais leis da física universal.
Portanto... Um soco na cara, equivale um soco na cara!
Porém, eu errei em duas coisas:
01 – Eu não acertei o rosto de dele. Acertei a testa!
02 – Eu estava de soco inglês.
Conclusão... o cara simplesmente lavou a minha mão com o sangue dele.
Sabe... eu sempre treinei algumas artes marciais de contato. Gosto. Principalmente daquelas que conseguem trabalhar corpo/mente/espírito.
Eu sempre treinei e usei o soco inglês, não para acertar o rosto de alguém... porque sei o estrago que faz... Mas sempre tentei me regrar a acertar outras partes do corpo que são igualmente efetivas, como o osso externo, que se localiza na parte frontal do peito. Ou seja, um soco bem dado ali, derruba qualquer um. E com soco inglês ainda... hummm machuca, além de derrubar!
Mas foi meio que instintivo dessa vez. Eu cheguei a olhar para o peito dele, mas talvez pelo motivo que ele tenha me colocado naquela situação, eu mirei no peito, mas meu punho foi na testa!
Ele cambaleou um pouco, mas foi o suficiente para o ônibus se calar por completo e ele voltar igual um cãozinho molhado para dentro do coletivo.
Não vou dizer que ele saiu correndo de mim, entrou no ônibus e acelerou... porque senão ficaria parecendo que ele desceu cheio de moral, apanhou e fugiu (e o que talvez tenha sido pior, é que isso foi visto por umas 25 pessoas que assistiam os fatos de camarote)
Mas enfim... eu ainda estava agora com muita vontade de fazer com que o motorista fosse embora o mais rápido para algum hospital, ou sei lá para onde.
Então.. resolvi dar a noite de folga para ele:
Ele seguiu com o ônibus pela avenida, mas para sorte ou azar dele, o primeiro sinal fechou...
Eu confesso que ainda estava com uma sede de vingança que esquentava muito muito sangue...
Enfim... talvez ele nunca mais vá se esquecer de mim. Aliás... talvez ele nunca mais se esqueça dos ciclistas.
Passei do lado do ônibus que estava parado no sinal, e aproveitando que ainda estava com o soco inglês vestido entre os dedos, enfiei metade do meu braço no pára-brisa do ônibus... o vidro se estilhaçou em milhões de pedaços... (talvez igualzinho à lâmpada que você colocou no saco com a pedra, lembra?)
Virei a primeira rua na contra mão... e sumimos um do outro.
Ali terminava mais uma história de como não existe mais diálogo quando estamos misturando duas coisas tão heterogêneas.
E sim... aquele tal carinha lá do inicio da história, lembra? O futuro engenheiro de tráfego?
Pois bem... ele ainda tentou me vender a idéia de que é preciso respeito. E que devemos compartilhar e não dividir... e todo aquele blá, blá, blá utópico de ruas floridas e pessoas caminhando felizes e que não existam mais limites entre o asfalto e a calçada e que todos possam dividir o mesmo espaço... o mesmo mundo!
Lindo isso né?
Mas penso ser bem romântico para o clima de SP!
Enquanto estamos sonhando com coisas floridas e coloridas e pessoas sorrindo numa tarde de sol na Av. Paulista... existem muitos ciclistas no asfalto ou nas calçadas pingando suor, e alguns... pingando sangue!
Temos que segregar SIM!
Temos que ter o nosso espaço! Temos que ter a nossa VIA!
Acidentes vão estar fora de cogitação?
Em hipótese alguma! Ainda acredito que vamos passar a ter acidentes envolvendo ciclistas! Mas a partir do momento que tivermos o NOSSO espaço... se algum ciclista maluco ainda assim quiser se arriscar entre os carros... que assuma os próprios riscos!
Mas dessa vez, poderemos dizer que o errado, era o ciclista! Porque ele agora tem o seu lugar, mas estava fora dele!


Ahhh sim.. o titulo né??
Bicicletada pelado! (risos..)
Vamos chamar atenção para que? Para bicicletas no asfalto?

Ahhh que divertido!

9 comentários:

ciclonudista disse...

Não tem muito o que falar. O dia que a cidade tiver 17 mil kms de ciclovias, quem sabe? Aliás essa cidade não existe nem na Holanda.

Não precisamos de ciclovias, precisamos de que a bicicleta seja considerada um meio de transporte pelo seu amigo que vai virar técnico da CET. Enquanto isso não acontecer, nunca teremos ciclovias, ciclofaixas, bicicletários, respeito ou porra alguma que beneficie os ciclistas.

Falou uma caralhada absurda e no final só disse que é contra a Peladada, que é contra a opinião de muitos cicloativistas (tão ou muito mais ciclistas como você) e que é a favor da Segregação total.

É isso aí, vamos aumentar ainda mais as divisões entre classes nessa cidade.

Sabe quem inventou as Ciclovias? Hittler!

Isso mesmo, elas foram criadas na Alemanha Nazista, pois as bicicletas "atrapalhavam" o fluxo dos veículos motorizados e queriam tira-las das ruas para dar lugar as máquinas de guerra.

Milhares de cidades do mundo a bicicleta consegue conviver pacificamente com os motorizados sem um km de ciclovia sequer, só a pouco tempo é que criaram ciclovias e ciclofaixas nas cidades chinesas.

Tem muita coisa para você aprender ainda e acho que você pode começar respeitando as opiniões das pessoas que correm atrás das coisas e no final conseguem trazer benefícios a muitos. Depois procure se informar sobre o comportamento dos ciclistas, das suas necessidades e principalmente, aprender um pouco com as experiências que deram certo. Se ficar pedindo só ciclovias, daqui a pouco teremos uma cidade como o Rio de Janeiro, com 170 km de ciclovias, só para os bacanas poderem passear depois que voltam para casa do trabalho em seus carros.

. disse...

Hummmm saio aqui então do meu silêncio para propor então a discussão sobre essa sua sugerida "experiência". Vamos lá, amigo ciclista!

Quem criou a ciclovia? Hitler?
Nossa.. que foda né?
Mas, que mal lhe pergunte....

E DAÍ?

Sabia que esse mesmo Hitler era vegetariano? Devemos nos distanciar de coisas que um ditador propôs?

Hummm de fato, se eu tivesse carro, e visse um ciclista ocupando o espaço de um carro, talvez eu ficasse bem nervoso... ainda mais ao saber que vou estar atrasado para chegar no meu trabalho. A buzina não deve ser inventada a toa, não é mesmo?
Hitler inventou isso tbm?

E o que vc quer então? que a Bicicleta seja considerada meio de transporte?
O que vc quer? Um dispositivo na retalhada Constituição Nacional decretando:

Fica designado que são meios de transporte oficiais da Nação brasileira:
1-Automóvel
2-Motocicletas
3-Bicicletas
4-Veiculos de tração animal
5-Patins
6-Skate

O que vc quer afinal?? É isso?
É um monumento ao ciclista?
Amigo... na moral... quem faz isso somos nós mesmos!
Vc considera a bicicleta um meio de transporte? Pois é... eu considero, e USO!
Vc tbm faz isso? Perfeito.. somos dois então!
Mas... sinceramente não sei se vc é engenheiro de trafego da CET.
O fato do presidente Lula andar de bicicleta com seu netinho de 7 anos de idade na casa de campo do Estado Nacional, não faz com que o presidente Lula institua que devam existir ciclovias em todas as cidades. Sequer em Brasilia, ou em sua cidade natal ele tenha feito isso. Quer seja para "passear", quer seja para ajudar o amigo siderurgico dele a chegar no trabalho! E pode ter certeza amigo... ele parece ser muito mais solidário a causa operária (bom.. peloe menos antes das eleições ele era...mas ainda acredito que ele seja mais ligado a causa operaria... do que a causa ciclista... acredito.).. do que a um bando de burgueses metidos a revoltados que pedalam pelado para chamar atenção.
E daí, portanto, o dia dia que esse carinha que eu conversei virar efetivamente engenheiro de trafego da CET e pedalar? Vc acha que ele vai fazer o que?
Olha... acredito que ele vai estar mais preocupado em saber como gastar o salário dele no Jeep 16.4 Litros e 2 milhões de cavalos de potência que ele vai comprar.

"Ahhhh e os ciclistas???

Ahhhh deixa isso para lá... eles só vão ficar pelados um dia no ano.. e todas as sextas nós da CET temos que disponibilizar duas das nossas 3 milhões de motos para fazer a escolta desses moleques"

Ok... Ok.. amigo... eu aprendi a ser solidário a sua causa.
Vou mostrar minha bunda para o Estado.. para mostrar que eu estou muito....muitoooo bravo com eles... aqueles bobocas!

. disse...

P.S.: Ahhh sim... a segregação.
Entenda isso como uma questão de SEGURANÇA!

O dia que sei pai morrer atropelado, talvez vc sinta o que isso significa!

Vc é contra a segregação de carros e pedestres?
Vc anda a pé no meio da Av. Paulista?
Amigo... na boa... vamos parar de ser romenticos! Vamos lidar com a realidade!

Bruno Gola disse...

Muitas idéias. Impossível concordar ou discordar completamente do seu texto.

Mas sou contra a segregação. Em diversas cidades do mundo existem faixas compartilhadas, porque não em São Paulo? Eu até entendo o ponto, você deixou de acreditar... mas eu (e muitos outros não). A questão é de segurança enquanto não houver respeito.

O ponto príncipal não é a "paz" e sim o respeito. Não do motorista com o ciclista, mas das pessoas com as pessoas. Ninguém se respeita.

Fabiano disse...

Olá, de novo! Vc sabe quem eu sou, então dispenso apresentações. Eu queira reiterar no meu e-mail o campo leitura. Bicicleta, patins, skate, blablabla são veículos. Tá na lei. Não disse que vc não leu! Acertei!

Ah, já que vc é uma pessoa de palavra, depois bota aqui uma foto da sua bunda de fora contra os babacas! Pelo menos pra outros babacas como eu babaquearmos com essa situação inusitada!

E eu já disse: o dia em que papai morrer, boa parte da culpa será sua. Não acreditarás, nem terás mágoa, mas será o culpado e te lembrarás disso pós acidente.

PS: apesar deste péssimo post, o blog é legal.
PS: a Bicicletada é uma coisa, o World Naked Bike Ride é outra. Acho que vc tb não leu isso.

Mario disse...

Lamento observar que este é o pior texto de blog sobre bikes que já vi, e também com a pior argumentação.
Se não for suficientemente óbvio, aqui vão os motivos.
Primeiro, a segregação por tipo de veículos jamais será completamente possível em qualquer lugar do planeta. Esqueça essa fantasia de querer andar só dentro de ciclovia, ou abandone a bicicleta. O uso compartilhado da rua é absolutamente inevitável.
Segundo, educação no trânsito é o que torna possível o uso compartilhado sem que todos se ameacem. Há exemplos bem-sucedidos disso ao redor do mundo. O brasileiro não é um povo pior do que nenhum outro, basta trabalharmos pela educação geral que a situação evolui.
Terceiro: Educação inclui bons modos e também inclui técnicas pessoais para desmontar confrontos.
Alguém certamente já lhe alertou que agredir um motorista desconhecido criou um inimigo dos ciclistas, ressentido e rancoroso, disposto a passar por cima do próximo no seu caminho, incluindo eu que você não conhece e não irá conhecer, bem como minha namorada que pedala e meus amigos que pedalam. Pessoas que promovem o ódio destrutivo e babaca põem em risco automaticamente todos os outros, fomentando inimizade com motoristas.
Nos meus 17 anos de bike em SP, pedalando continuamente centenas de km por mês, nunca colidi com veículo ou pedestre, nem precisei dar uma de "bad boy valente" contra ninguém. Desculpe a franqueza, mas acho que sou um ciclista melhor por conta disso.
Ciclista que abandona a civilidade básica para surrar estranhos e depredar os seus veículos precisa de sessões de psicoterapia, não de sessões de artes marciais para se tornar um destruidor mais eficiente.
Lembro ainda que andar com soco inglês é ilegal e motivo suficiente para a polícia prendê-lo. Aliás, incitação ao ódio e ao crime em websites também é ilegal e bota gente na cadeia. Você foi avisado.

Anônimo disse...

Não curte a bicicletada, paciência.
Quem sabe vc não muda o mundo estilhaçando vidraças de ônibus e rostos de motoristas.
Vai com fé, que vc deve ter uma vida longa e tranquila pela frente! Eu tenho é pena dos ciclistas que vão sofrer o preço da sua atitude digna de um bárbaro da idade da pedra, e que além de não ter contribuído em simplesmente nada pra a sociedade, ainda aumentou a fúria do motorista assassino.
Muito interessante sua filosofia de vida, então só pode andar de bicicleta quem agora deixar de comer carne, deixar de ser capitalista, fizer coleta seletiva, dividir tudo com os pobres, queimar o carro, deixar de fumar, participar da cruz vermelha, doar sangue, votar nulo, se mudar pra selva,... quê mais? Mais algum pré-requisito Senhor mudança-social?
Ah, não vai fazer nada pela mudança social, porque essa p... de sociedade não tem mais jeito?!? Ótimo

Uma ajuda dessa até atrapalha.

Isaac M. disse...

quanto à idade, serão vinte e poucos ou vinte e TODOS? o tempo voa como o pó, mano... e o espancamento de ignorantes ou o bate-boca com rabugentos podem fazer o tempo voar como um airbus da TAM.

Bento Epaminondas disse...

Não curto essa perspectiva moralista do seu texto.

O que quer? Que todos sigam o seu padrão? Que todos sejam um poço de coerência como você se julga ser?

Cara, se queremos um mundo melhor, uma das coisas importantes é aprendermos a conviver com o diferente.

Concordo plenamente sobre todos os problemas que representam o uso de carros, a poluição do ar, o consumo de alimentos de origem animal... comentamos sobre diversos tópicos em nosso blog: http://ciscobh.blogspot.com/

Mas a pessoas são incoerentes... faz parte de nossa condição humana.

Creio que mudanças radicais são fundamentais e só assim teremos melhorias efetivas...

Mas, e se ao invés de condenarmos todos, salvando somente a nós mesmos, perdoando apenas a nossa pressa, não começassemos a incentivar os demais a radicalizar suas transformações? Se valorizassemos sua tentativa de fazer o diferente?

Ao nos julgarmos superiores perdemos a beleza do cotidiano, a beleza de estar junto, de aprender com o outro, de entender o diferente, de buscar o convencimento.